RENATO PACHECO FILHO

MEMBRO TITULAR


MINICURRICULO

  • O pioneirismo
    Pela primeira vez, desde a sua fundação, o novo Diretório foi eleito em Assembléia Geral Ordinária, órgão estatutário criado na administração anterior. Além disso, Membros Titulares dos estados também exerciam o direito de voto na escolha dos dirigentes nacionais.

    O Diretório não manteve o índice de crescimento dos dois mandatos anteriores, mas não se desvinculou da penetração no interior do país, nem do relacionamento internacional.

    Os capítulos mereceram atenção especial, especialmente o de São Paulo, local onde se realizaria o Congresso Brasileiro e Interamericano e que adquirira razoável número de membros e estava desempenhando grande atividade científica.Para descentralizar as atividades do Núcleo Central, o Diretório Nacional autorizou o Mestre do Capítulo de São Paulo a analisar, selecionar e empossar seus membros. Foram 15 Titulares.

    A Sessão Inaugural do V Congresso Brasileiro de Cirurgia e do X Congresso Interamericano de Cirurgia foi realizada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no dia 5 de novembro de 1956, com a direção do Presidente da República e também médico, Juscelino Kubitschek – Presidente de Honra do Congresso e que também foi empossado como Membro Honorário do CBC.

    Como desde 1947 o CBC não realizava o seu congresso por falta de condições financeiras, foi necessário pedir ajuda ao Governo Federal. O Presidente apoiou a reivindicação e sancionou um Projeto de Lei que concedia auxílio financeiro para a realização dos eventos em 1956.

    As atividades científicas começaram no dia 5 de novembro, no Centro de Convenções do Hotel Glória. No dia 8, os participantes viajaram para São Paulo em ônibus especiais, acompanhados de uma caravana de automóveis. No caminho, pararam em Volta Redonda para visita à Companhia Siderúrgica Nacional. Depois foram para SP onde, no dia 9, recomeçaram a programação científica, na sede da Associação Paulista de Medicina.

    Compareceram 52 palestrantes estrangeiros: 28 da Argentina, três da Bolívia, três do Canadá, um do Chile e da Venezuela, 10 dos Estados Unidos, seis do Peru. Foram debatidos três temas oficiais e realizadas 15 seções especializadas. O evento recebeu 416 inscrições, sendo que 61 foram de participantes estrangeiros.

    1973 – 1976
    O projeto do edifício-sede
    O Diretório formado por Renato Pacheco Filho prosseguiu na escalada de nacionalização da entidade, mas estabeleceu, desde o início, o mais ambicioso projeto da história do CBC: a construção da nova sede, um moderno edifício em Botafogo. “De uma pequena academia o CBC havia se transformado numa grande entidade com raízes em todos os estados, o que justificava uma mudança radical de ação”, explicou Renato Pacheco Filho. Devido à construção da nova sede, o mandato foi prorrogado até janeiro de 1977.

    A Assembléia Geral Extraordinária reuniu-se no dia 27 de junho de 1974 para autorizar o Diretório Nacional a iniciar o projeto de construção da nova sede no mesmo terreno da antiga, que seria demolida. O casarão colonial demandava freqüentes obras de manutenção e não tinha estrutura para permitir atividades simultâneas.

    Em 1975, o CBC deixou o antigo endereço e alugou uma sede provisória, no Morro da Viúva, Zona Sul do Rio, para a administração e teve que buscar outros locais para guardar a biblioteca e o museu. Em junho de 1976, o moderno edifício sede de 11 andares, sendo os dois primeiros para o centro de convenções, estava na segunda etapa do cronograma de construção e já haviam sido vendidas 14 das 48 salas para consultórios ou sociedades médicas.

    Incentivo aos capítulos

    Além da construção da nova sede, que mobilizou toda a entidade e só foi inaugurada na gestão seguinte, o Diretório Nacional ainda empreendeu diversas ações, como a criação de novos núcleos do CBC no Rio Grande do Norte, Alagoas e Manaus. Além disso, concluiu a instalação definitiva de capítulos em Mato Grosso e Santa Catarina e prestigiou atividades científicas no Pará, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Brasília. Criou regionais em Ribeirão Preto, Petrópolis, Teresópolis e Campo Grande (MT).

    A gestão de Renato Pacheco Filho também promoveu uma nova reforma do Estatuto que alterou para dois anos os mandatos do Diretório Nacional, do Conselho de Seleção e das diretorias dos Capítulos. Decidiu ainda que o congresso brasileiro seria realizado de três em três anos, para não coincidir com a eleição nacional da entidade.

    O 4º Diretório Nacional estimulou a união dos membros dos capítulos vizinhos pela ação dos vice-presidentes regionais, o que permitiu a realização de jornadas em sete estados, além de cinco encontros no Estado do Rio.

    A publicação da Revista CBC foi retomada a partir de janeiro de 1974 com um novo projeto gráfico e um conteúdo exclusivamente com artigos técnicos.

    1980 – 1982
    Recorde de participantes
    No terceiro mandato de Renato Pacheco Filho à frente do CBC foi realizado em julho de 1982, no Hotel Nacional do Rio de Janeiro, o XVI Congresso Brasileiro de Cirurgia, que recebeu 3.725 congressistas, o maior número de participantes desde o primeiro evento, em 1938.

    O Trauma foi o tema central discutido em 21 simpósios, 22 conferências, seis fóruns de pesquisas, 45 sessões de temas livres e, apresentados 406 trabalhos. Um dos destaques foi a realização de 20 cursos de atualização, com carga horária de seis horas. Participaram do temário oficial 840 especialistas.

    Renato Pacheco Filho promoveu as Jornadas Regionais de Cirurgia, em Juiz de Fora, Campo Grande (MS), Uberlândia, Belém, Passo Fundo (RS), Cuiabá, São Luiz, João Pessoa. No Estado do Rio foram instaladas as regionais da Região dos Lagos e do Norte Fluminense. Continuou prestigiando os eventos dos capítulos através de reuniões e jornadas científicas, nos capítulos do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Bahia, Espírito Santo, São Paulo e Sergipe.